Teus olhos, teus lábios, tuas áureas madeixas,
Tua face de graciosa menina,
Que a sabedoria orgulha-se em dizer:
É inexplicável tua beleza feminina.
Nos vergéis de intenso resplendor,
Por onde paira o néctar florescente,
As flores se curvam ao teu olhar redentor
E à tua figura poética e envolvente.
Mulher assim nunca houvera existido
Em toda a criação divina,
Que trouxe a um coração ferido
A esperança em forma de menina.
De repente, pálida como tua pele nívea,
A paisagem imóvel fez-se gloriosa,
E tua face de menina se tornou exímia
Nos olhos de mulher graciosa.
As palavras sobre tua imagem
Não são palavras que cedo se vão,
Como a ilusão de uma miragem,
E pétalas abandonadas ao chão.
Não são palavras que se vão com o tempo,
Como a dor sofrida na solidão,
Mas versos sobre tua beleza,
Que no teu rosto de traduz em afeição.
No teu esplendor de mulher graciosa,
Que surge em tua face de menina,
De repente linda e tão formosa,
Teu sorriso flórido me fascina.
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