Ordem econômica (*)

 
Tempo passa, vida absurda.
A crise, insatisfação.
É grande a espera surda
De momentos de emoção.

Tempo passa, pobre povo.
Discursos iguais, nada de novo.
O grito demente do brasileiro
É fome sem dinheiro.

Tempo passa, mundo cão.
A miséria, marginalidade.
Ordem econômica na ilusão
E governo sem lealdade.

Tempo passa, alta corrupção.
Ao suborno, impunidade.
Ordem e progresso na contramão
E governo sem dignidade.

Vamos promover justiça social!
Vamos satisfazer desejo nacional!
Vamos sair desse buraco imoral!
Vamos ser dignos desse clima tropical!


(*) Poesia escrita no mandato do
Presidente Fernando Collor de Mello
mas, infelizmente, continua atual.

Naza Poeta Holístico
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