Quem me dera viver a quimera de ter o amor que um dia encontrei
E descansar novamente em seus braços de anjo aos quais me entreguei,
Com quem o romance jamais precisou de castelos na Espanha, e atente:
Nem de uma dança sob um refrão constantemente surpreendente.
 
Quem me dera viver a doce ventura de seguir em frente na aventura
Que começou em algum lugar do passado, da forma mais pura
E conhecemos aquilo que tantos se entregam a comer, rezar, amar
E às mais diversas loucuras, só para um dia, frustrados, morrer sem achar.
 
Hoje não temos mais nosso Mágico Teatro
Pra vivenciar nele intensamente cada ato
de amor como antes. Também perdemos nosso dia do prato,
quando juntos curávamos toda a dor da saudade.
Contudo, jamais roubarão de nós uma verdade:
Pra sempre seremos arroz com feijão,
A perfeita combinação de duas metades.
 
Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu?
Especialmente quando esse alguém é
Inesquecível
Indispensável
A luz do meu coração
E me fascina
Dia e noite ilumina
Com sua presença
Minha existência?
 
Não sei. Mas hoje estou entregue a ponto de estar sempre só
Esperando um sim ou nunca mais. E assim vai ser
Pois acredite, aconteça o que acontecer,
por toda a minha vida eu vou te amar
Só enquanto eu respirar.
 
 

 

HC
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