Nas planícies alagadas no período das cheias

O peixe-boi encontra pastos verdejantes

Calmo degusta sua rica e gostosa ceia

Num ambiente propício e abundante

 

Inocente, deslizando sob as águas tranquilas

Em busca de capim para seu alimento

Enquanto pescadores ávidos nas vilas

Preparam apetrechos para o desfecho sangrento

 

Da canoa silenciosa a flutuar

O pescador prepara o seu arpão afiado

O pexe-boi inocente, precisando respirar

Pelo seu algóz sem dó é alvejado

 

Mas cruel e impiedoso é o golpe defitivo

dois madeiros nas narinas colocados

Quando o animal se debate ainda vivo

Para que agonizante morra asfixiado

 

Os portugueses começaram a perseguição

Ainda hoje dizimados são brutalmente

É uma das espécies em risco de extinção

pois, sua reprodução,lenta é naturalmente.

 

  

João Santos
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