Ou vida ingrata, cheia das mais terríveis surpresas que a desfaça.
Minhas angustias e dores me sufocam, e, a alma chorando desabafa:
- Que dor é essa que me sufoca e me desgraça.
São meus erros e desejos que me ferem a carma.
Queria poder, mas, minha destreza é bem maior que o meu querer.
- maldito vazio que persistem em me preencher.
Só queria ser livre para poder brincar e correr.
Ontem à noite chorei, não foi choro de criança, mas de angustia e desprazer.
- Talvez, a maldita depressão quisesse me finca.
Deitei-me a dormir, tive sonhos confusos e me deprimir.
Pela manhã, acordei pensando que estava livre.
Que nada, a dor e o vazio de ontem ainda me usava.
Agora nesse exato momento ela me maltrata.
Meu dia foi mais um que nunca imaginava.
Triste e vazio, em minha face todos contemplavam.
- E essa cara? Parece que dormiu em água!
Não foi bebida nem bruxaria, apenas essa terrível nostalgia.
Meu Deus! Que sufoco vive minha alma!
Não dei um riso se quer, nem uma feição de alegria para uma mulher.
No meu trabalho não progredi, mais um dia triste em me persistir.
“- Quantas vezes eu chorei, com coisas que eu nem sei dizer”
Vou fazer o que? Não sei me cuidar.
Apenas vou tentar ser alegre nesse novo dia que vai chegar.
Serei alegre? A vida não sabe me responder.
Que terrível dor e desprazer...
(snif... snif... snif... snif...)

 

Azaías S. Fernandes
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