Far-te-ei penhor de alguma coisa que tenho para conseguir essa minha tal felicidade?!

-... nada tenho, senão um punhado de fé.
Meus valores terrenos, são vulgais, são banais, são sem valores morais – até este dia.
Estou posto ao fogo como um freixo de uma arvore que um dia foi uma arvore, agora só resta um simples projeto de arvore destinado ao fogo – há lenhador que o cortou!!!
Não suportarei a tais chamas!
Será que devo chorar ou sorrir?!
Será que devo cantar?
Acho que meu melhor destino é voltar ao passado e talvez devanear!
Ou até passear em ruas rabiscadas por mim quando criança.
Voltar ao início de minha velha, sofrida e descolorida infância.
Voltarei a ser eu?!
Serei eu, sem o eu hoje!
Serei eu, sempre em busca de me encontrar com a felicidade.
Talvez eu a encontre nas artérias desta vida.

 

Azaías S. Fernandes
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