Lágrimas que não Existem

 Se há uma luz forte o bastante
Para me ofuscar o coração,
Se há uma flama em uma tocha
Que queima até às cinzas,
E se há uma esperança, um choro,
Lágrimas que não existem,
Que afogam dentro do peito
Um coração amargurado, cansado
Em um chôro angustiado
Que a razão se impõe e faz sentir,
Sabendo que o amor enche o peito,
Saciando a sua sede de amar.
E, assim, o coração se transforma
Num templo de lágrimas,
Lágrimas que não existem,
Lágrima que traz aos olhos
Um novo brilho de esperança,
Uma nova luz de amores,
Luz maravilhosa que esplende
Sobre as nossas almas,
Quando a alma se põe a sentir
Um pranto cheio de amores
Que desperta lá distante
Na aurora de um novo dia,

Lágrimas que não existem.

Michael Jullier
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