O Porto da Esperança

 Quando olhos misteriososamente se fitam,
Após negras noites de solidão,
A esperança renasce e vem a brilhar
Sobre os navios ancorados no porto,
Onde as ondas de agonia fizeram tormenta,
Como a mulher que tantou o marido
E hoje se ressente viúva.
Agora, no entanto, a esperança brilha
Sobre a manhã de um novo horizonte,
Iluminando as naus do porto
E dissipando a bruma e a escuridão.
Então a poesia segue pairando,
Quando o beijo se torna real
Nas carícias de lábios que se tocam,
E, então, de longe se ouve
As notas de uma música de esperança,
Tocadas pelas mãos de hábil pianista,
E os sons invadem o porto
Na hora em que um grande amor se acende,
Momento em que brilha o esplendor

Sobre o porto da esperança.

Michael Jullier
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