[SONETO] Petalum VIII

Eu havia prometido este poema há um tempo atrás e aqui está ele, a Andreza Leite, Aprendiz de Poeta.

 

Diante do túmulo onde está enterrado

O meu primeiro e mais sincero amor

Fico a olhar para o vazio, ludibriado

Pelo perfume de uma simples flor.

 

Goteja aos poucos, quente, o meu rancor

Enquanto eu permaneço ali sozinho...

- Pois não havia me dado conta da dor,

De que na mão eu segurava espinhos.

 

Não há quem saiba do mal pelo o qual passo,

Mal que me devasta a partir das raízes.

Eu joguei no caminho antes os seus passos

 

Pétalas mas pisou ela em minha essência.

"Será que somos ambos infelizes?"

Me pergunto, vítima da inocência.

 

-Adolfo J. de Lima

Adolfo J. de Lima
© Todos os direitos reservados