[SONETO]Se arrependimento for de matar

E o primeiro terceto eu dediquei, há tempos, a Andreza, Aprendiz de Poeta.

 

Se arrependimento for de matar

Se arrependerá ela de ter nascido.

Não se conta todo o tempo perdido.

A minha justiça não irá tardar.

 

Ora ela te faz se sentir querido

Ora ela resolve te abandonar.

Sei que uma hora outra eu vou lhe encontrar...

Tamanho desgosto não se é esquecido.

 

Tudo morre. Tudo até mesmo o amor...

O amor, contudo, morre lentamente

- E sobre a lápide haverá uma flor.

 

A ira é u veneno estranhamente doce.

O mal nos abraça tão gentilmente

- Como se fazer nada de mau fosse.

 

-Adolfo J. de Lima

Adolfo J. de Lima
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