Guardam as faces rubras, faces da rosa
Num buquê, recanto da alma,
Neste entardecer, onde a noite já afaga
Coração que era sol, enquanto sonhava.
Era sol ressecando a terra (e pensava águas).
Delírios vãos, pobre pássaro sem asas,
Revolvia chão, a sorver migalhas
E, farto de solidão, retomava falha
Falha de crer-se águia a desejar penhascos
Subindo, então, pelas encostas
E ao contemplar alturas, ir abrindo braços
Esquálidos, na ilusão de poder pairar no espaço.
Por isso, depois da queda...aos pedaços
Acorda e descobre-se...(ainda sem corpo para as alturas)
Mas, da matéria eterna vem a infinita ternura
afagar as faces rubras...devolvendo as rosas...
imagem do google
Ananda
© Todos os direitos reservados
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