In extremis- Na hora da morte

 
Como é difícil ser humano
Assim como o minotauro preso por Zeus
Vivemos presos em inquietações pragmáticas
Assassinando todos que tentam abalar essa estrutura
 
Extremamente ligado no mundo material
Totalmente possuídos pelo seu eu mental
Ciclo após ciclo se condenando ainda mais
Em uma busca incessante pela doce paz
 
Vendo este mundo com os olhos neblinados
Vivendo a mais medíocre das vidas
Tentando entender os “por quê ‘s? ”
Sem saber como é viver
 
No pior dos abismos, escurecidos pela desgraça
Na sua in extremis, para os prudentes
O caminho da verdade lhe será revelado
A direção mais iluminada e ascendente
 
O mal está na lei, conectado a prisão
Cada um escolheu suas algemas
O mais ridículo que pareça ser
Todos têm as chaves nas mãos
 
Todos estão esperando a chuva destruidora
Almejando a salvação construtora
Estão sedo alimentados ou se alimentando
De esse salivar de mentiras desiludidas
 
Tenho enorme ódio aos humanos
Que se contentam em saber “quanto custa isso?”
Prefiro os que querem saber quanto custa viver
Os que pararam de olhar para o cetro
E voltaram a olhar para o Todo.
 

Roberto Carrion
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