Amor,
Se alastra como fogo de chão
Pelo meu coração
Sem nenhum perdão
Nem consideração

Amor,
Chega de mansinho
Camuflado de amigo
Se espalhando devagarzinho
Penetrando no corpo
Para revelar aos poucos
Sua verdadeira face

Amor,
Não brinque comigo
Sabes que estou solitária
A mente imagina uma coisa
O coração responde com fervor
Para depois perceber
Que tudo não passou de ilusão

Amor,
Não quero viver desse jeito
Quero um amor verdadeiro
Quero me doar por inteira
Ter certeza que sou correspondida
Certeza que é real
Não mais uma mera ilusão
De um solitário coração.

9 da manhã, meio dormindo, meio acordada. No meu quarto, deitada, ela veio tão de repente, que me obrigou a levantar, pegar papel e lápis e começar a escrever.