Deixe a poesia sair do seu interno, como o pássaro da gaiola.

Deixe-a ganhar a liberdade para expressar-se

Como o primeiro sol, no irromper da aurora,

Ou a primeira lua, em noite aberta...

 

Não a aprisione dentro dos seus próprios limites.

 

A poesia possui a alma sutil das brisas,

Como o infinito, a cumplicidade do tempo. 

E, como o infinito, os anseios, nas asas dos versos,

Suplantam a impotência interior que asfixia

E transportam o poeta aos pórticos azuis do sublime.

 

Que a poesia se aventure na força febril dos sonhos,

Para que a vida se espelhe nela, como o céu no mar...

 

Não a aprisione!

 

Luiz Carlos
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