Chamarei sentimentalismo. A esse meu estado, de dor e
de pranto e de sítio. Chamarei em brincadeira que faço, para
ironizar esse meu cansaço. Chamarei de bem e de amor e de
Catarina, e também à minha incapacidade de fazer calar essa
minha vida, estranhamente sentida, poeticamente abalada
como se fincasse alicerces por uma estrada, alongada,
perseguida, como se fosse o atraso da criança que engatinha,
ou galope alado de pássaro de rapina, que descortina, coisas
que, engrandecidas, tomam tamanho tão pequeninas, ou
vice-versa, onde, do mundo, o absurdo da paixão que versa, em
versos para ser entendido – Ah! pequenino, por que te perdes
por puro sentimentalismo?!

MARCELO GOMES JORGE FERES
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