Medo.
Às vezes é o que sinto.
Sinto medo de mim, de quem sou
E do que sou.
Do que sou capaz de fazer,
e de não ser capaz também.
Medo de querer fugir,
e de querer e não conseguir.
Medo de ter que fugir,
e de fingir que não tenho medo.
Medo do meu coração,
mas também da minha razão.
Sim, porque juntos são ótimos,
o problema é quando um quer ser maior que o outro
Aí já viu, né?
Medo do que o coração diz,
e, sem razão, fazer o que ele quer.
Medo de agir com razão
e, ignorando algum sentimento, agir equivocadamente.
Medo de dizer quando devia me calar.
E de ser mal vista
quando falo o que penso e pensam que devia me calar.
Medo.
Como uma sombra,
fresquinha, mas também diminui a luminosidade
E que pode tapar algo que deveria ver.
Medo de ver o que não quero
E de querer ver o que não posso
ou o que não devo.
Medo.
Mas, e daí?
Que tem demais ter medo?
O problema é ter medo demais
Poruqe em demasia
Não é bom ter medo nem coragem
Aliás...
Será o medo a falta de coragem?
Ou será a coragem ausência de medo?
Quem é que sabe?
Como disse um grande amigo meu:
"Só sei que nada sei"
E o medo de não saber nada,
e o de saber demais.
Ai. Quanto medo. Fazer o quê? Sei lá.
Medo de seguir. Medo mesmo de ter que parar
Mesmo assim sigo
Ora com medo, ora com coragem
Mas sempre com os dois
Porque o pior medo não é o medo de morrer
Mas o medo de não ter coragem para viver.
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