Compreensão Da Vida

 

Sinto o aspecto do mundo
ao meu redor,
Na rua serena havia carros
estáticos (estacionados),
 
Bitucas de cigarros no chão infame,
Um corpo de uma pomba em decomposição,
Vítima da afetação monótona
dos seres humanos,
 
Um raro ar rarefeito me abatia,
levava-me de novo a soberania da vida,
que se perde ao longo dos dias e das horas,
 
Após um desabafo de outrora
sobre o que se sentia,
houve algo que não mais havia,
algo que foi e voltou em
segundos perplexos.
 
O vento da rua soprava com uma angústia evidente,
O som do silêncio eu ouvia,
porém, não aceitava a paz que
o momento oferecia.
 
 
Caminhar sóbrio, só que com um andar de bêbado,
As pálpebras querendo se fechar
e executar o processo de desintegração
 
Passos trémulos sobre o
exato paralelepípedo,
nenhum sinal de existência,
só a percepção de um momento,
sentimento que não mais se via,
ouvia ou sentia.
 
Sobre uma exatidão suprema
é que se revelou a peculiaridade
de nossas vidas tenazes.
 
Existe um caminho certo para
a conclusão, que quando se interfere o rastro de precisão,
Gera em nós uma opnião,
Uma lacuna de ego e imortalidade!
 
 
              Leovictor Lanorce (04/06/009)