A mulher desce a avenida
Em cima do salto alto
Sob o vestido justo,
Os glúteos balançam,
Os seios suam no decote.
Buzinas, cantadas...
E a noite segue
E os veículos param
(são clientes)
Valor aceito,
Que as crianças têm fome,
Lá vai a mulher...
Despida, petrificada,
Arreganhada na cama
Aguarda o fim do programa.
Esse poema é em homenagem á uma prostituta. QA unica arma que ela tem é seu corpo. Muitos devem se perguntar o porquê de seu titulo ser "vida da mulher" e não "mulher da vida" como é de costume, mas, me diga, de alguma forma todas nos nos entregamos, não so na prostituição, mas a um emprego no qual exigem muito de nós, e nós nos sentimos obrigadas a dar mais de nós justamente para que não sejamos inferiores. Acabamos nos desgastando muito. Ou até como dona de casa que se dedica aos filhos e ao marido que esquece-se de si mesma. Será mesmo que somos tão diferentes dessa mulher??No meu trabalho, com a ajuda do meu meu cavaleiro da triste figura.
Carpe Diem
© Todos os direitos reservados
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