Posso não haver te ligado
Via telefone,
Porém, saibas que estou sempre conectado,
Interiormente, em teu nome.

E falo de ti para quem me ladeia
E no meu interior
Tua sensual imagem simplesmente passeia

Nestas mornas noites de lua.
À luz dos grandes dias
Já acordo cheio de saudade tua.

E por onde quer que eu ande
Tenho-te a meu lado
Ligado por um fio invisível e grande
A que se chama amor.

Interceptado n’um aparelho enorme
E on line com a inconsciência do sono,
Desses que até quando a gente dorme
Involuntariamente repete: eu te amo.

Mais intensamente dentro de mim
Martela esta máquina anoética
Que revela ao mundo, por fim,
A hormonia desta sinfonia poética.

Curitiba