Lá, para lá dos matos que ainda são verdes
Para lá das rochas que ainda são firmes
Para lá das águas ainda transparentes
Para lá dos pássaros coloridos
 
Dorme em paz para o meu deleite
Minha doce, minha amada, meu ciúme
que tenho desde adolescente
para lá do meu remoto verdume!
 
Se sonho ou não, ainda insisto
em teu colo, como numa relva
eu deito eu rolo e vivo! 
 
Se sonho ou não, sei que só  existo
Quando na selva de teus desejos
então, morrendo, me delicio!
 

Pedro Aldair
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