CAVALO (AOS MONTES)

 

 
CAVALO ALAZÃO, VERDES CAMPOS
GARBOSO E ELEGANTE.
PORQUE TE ENTREGASTE?
 
SIM! SUA FIBRA! SEU PORTE!
ERA RELINCHO CULTO, DIREITO
E TROTAVA BRIOSO E FORTE
UM GRAVE CANTO, ÓPERA MORTE
 
CAVALO MANSO E BOM...
 
 
CAVALO BRANCO, XADREZ CELEIRO
PODEROSO E IMPONENTE,
PORQUE DESENTENDESTE?
 
É, O GRANDE JOGO! SUA PARTIDA!
ERA PEÇA IMPORTANTE NO SEIO
E DECIDIU A ESTRATÉGIA SUICIDA
ELES EM QUADRADOS. SEM SAÍDA
 
CAVALO A VAPOR, GALOPE...
 
 
CAVALO CHUCRO, VERMELHO COICE
GENIOSO E VIL REQUINTE
PORQUE NUNCA TE ASSISTISTE?
 
SUA INTOLERANTE HISTERIA...
ERA POLÍTICA, O ANTI-ARREIO?
ATÉ RENEGOU A PRÓPRIA CRIA
EM RAIVA-CORRIDA DA ALEGRIA
 
CAVALO DE ANTOLHOS, CEGO...
 
 
CAVALO MARINHO, AMARELO ARFAR
MEDROSO E SEM HORIZONTE
PORQUE À VIDA TE DEPÔSTE?
 
AH, NOSSA FRÁGIL PEQUENEZ...
É A DOR COMUM DO DESAFEITO!
E, EM PURO SANGUE, A SENSATEZ:
PASTAR, QUE SÓ SE PASTA UMA VEZ
 
CAVALO ALADO, CINZAS...
 
 

Homenagem para um bicho muito querido... cujo pasto foi uma grande obra de arte... às avessas...

NO NOSSO HARAS / DE PURO SANGUE

Marcio Branco
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