NO CAIS DA SOLIDÃO

                    
 
 
 
Singro leve,
Doravante, meu itinerário:
Filho do errático móbile luminoso dos pensamentos,
Porque viajo até o píncaro do imaginário
Como miraculoso bólide efêmero.
 
 
A alegria paira-me rutilante
Sobre o firmamento:
Mas será o seu sol
Um momentâneo incêndio, hein,
Que me esconda o dantesco breu
Dentro da nave do perpétuo crescendo?
 
 
Ah, e quando nisso penso,
Depreendo-me conforme um mastro,
Que habita sorumbático
Um cais também ermo
Qual afaga incansável
Uma interminável miríade
De matizes do vácuo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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