Nascemos pela voz que delira
envolta em prazeres descomunais
que associados ao colóquio amoroso
dão vida aos elementos naturais que são
paridos diante dos olhares curiosos
dos nossos ancestrais. Dos olhos da terra
vertem águas doces e cristalinas
que umedecem e matam... A
a sede dos homens e dos animais.
A poesia sente a dor pelo pobre analfabeto
que não tem voz própria e entre a solidão
da folha em branco coloca a sua digital e sai
inventando estórias de caboclos e de
mães dágua que se refugiavam na mata e que por
entre as folhas camufladas se evaporam
voltando para o rio em forma de chuva.
Quantos dos meeiros nestes dias preguiçosos
não vacilavam? De resguardo em resguardo um novo parto.
Uma casa de bugres meeiros cheia de filhos, uma flecha afiada
uma fogueira acesa e um bicho infurquiado para distrair a fome.
Construí este poema depois de ler e conhecer a obra de (Manoel de Barros) um dos mais importantes poetas (Matogrossenses).
(Quereis ser sempre uma árvore e nunca uma parede,
porque árvores dão filhos e frutos).
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