Foi ao erguer os olhos diante daquele clarão
Que pude então sentir
Estava em frente a uma enorme montanha
Nenhum medo, nenhum querer
Aceitar, apenas isto - aceitar - eu deixo aceitar
Frágil som de um respiro
Alí quieto e só - total quietude
Igual a uma canção vinda do mar
Não haviam palavras
Sentir, soltar - vivencia espiritual
Veio em minha direção, segurou minhas mãos
Uma pagina qualquer num livro qualquer
tem - se a impreção que jamais alcançará
Visto daqui
O infinito sustenta o teu escuro abrigo
Desmancha a própria vida espalhando gratidão
São os frutos dos ramos
Que dão frutos na dimensão da alma.
Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados
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