Sendo assim, se é tão sublime
O que de tão puro teu olhar esconde
E se o medo que o amor descubra o que o corpo revela
São apenas medos
Imagens vindas não sei de onde
Confesso que foi engano
Uma espera que de tanto buscar
Se perde em meio a tantas ilusões
Como se não bastasse o que eu mais amava
Fosse um lugar, um livro, uma ilha
Onde por vezes se fez sentir
O que de muito querer
Se viu perdido ao olhar uma flôr
Almejar o que não se pode dar
Sorver da alma a sina do vento
O gosto acre do ódio
Desarmar o coração isolado naquele quarto
Olhando o amor atravez da luz.
Roberto D'ara
© Todos os direitos reservados
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