Em posição de fim
(meu fim e de todos)
Paro antes que seja tarde
Para sonhar com a vida.
Depois do sonho, o corpo dorme
(para sempre...)
a alma deixa de sonhar
para reinar a realidade
eterna, (de amar
a Ele, amar vendo: Deus!)
Olhar para o céu talvez ajude
E olhar para o seu, o meu,
O nosso estilo de vida
Me tornará inquieto o bastante
Pra responder à vida restante.
Sem respostas para
Cem anos de vida.
Cem anos pra descobrir
Para quem se vive,
Sendo assim, para quem se morre.
Para descobrir tais mistérios
É preciso morrer primeiro
Para tudo o que nos cerca:
Empecilhos, conflitos, problemas, confusões, problemas, problemas.
(Aquilo que colabora para chegarmos ao limite, ao extremo, ao interno)
Então se pensa, então se descobre,
Então se diz nobre 
Devido à riqueza da vida
Que nos convida a cada instante
A refleti-la, a invadi-la.

Inválida é a vida calada
Que se encontra para entendê-la
Apenas na morte
Cega, surda e muda
(no silêncio da cena forte)
Em posição de fim
(meu fim e de todos)
Começo a viver
Preparado para estar assim
E assim enterrar
(em posição de fim).
É o recomeço, que agradeço
E engrandeço a vida curta em cem.
Cem anos para ensaiar
Para a cena do fim.
Sem respostas para decorar
Ao certo, as falas da vida
Para que chegue o grande espetáculo
Estarei com frio na barriga
Momentos antes
E frio, meu corpo todo
Apresentará a peça fúnebre
“Em Posição Eterna de Fim”
(direção, redação: meu Deus)
(protagonista: eu)
(atores coadjuvantes: família, amigos e amor
Em choros soltos)
(tema: romance para mim, drama para outros)

Essa poesia aí é meio comprida... Obrigada pela paciência de iluminá-la com seus olhos, caro leitor.


"...para que não pereça, mas tenha a vida eterna"
Jo 3:16

Escrito na escola, primeira prova de redação (dez).