Eterna chama

 
Que bom que existes, dragão dormente
e respiras para mim um “te amo”,
te toco... acorda! sou eu que chamo,
eu corpo frágil que agora sente!
 
Ao insano amor, abandono,
quero mais o encontro da insaciável sede
esta que a gritos pede
que tomes posse de meu ser sem ser meu dono.
 
Peço às velas que em ti há,
quais velas da bela Fênix
queimem meu corpo, eterna chama, em chama eterna,
antes de que a insanidade o queime.
 
E em teu inferno divino,
cântico-prazer, virtude pura de menino,
eu mulher de tempo gótico
faça de ti, teu sonho, homem exótico.
 
Que a maresia que sinto agora
trazendo as preces que a Iemanjá fizestes,
desengasgue teu fogo em boa dose,
me beijando loucamente... retirando minhas vestes.  
 
Vem! Toma-me num dia qualquer,
pois te li, leio e escrevo,
pairo, vibro e de ti bebo
poeta-poesia... de poetiza te ser mulher!
 

Ao dragão dormente de "Paixão, rebeldia e Sucesso" que me fez voar sem vassoura!
Intertextualidade entre poetas!

Goiânia, 28.04.09 - 16h13m

Emy Margot Tápia Alvear
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