Que saudade da adolescência
Onde tudo era inocência
Onde a maior experiência
Era conviver com as pessoas
Umas más e outras boas
Mas todas com sua importância
Pois marcaram a transição
Entre minha maturidade e infância.
Foi nessa fase inexplicável
Onde não discernia com efeito
O que eu fazia de errado
Pensando fazer direito
Que conheci tanta gente
Que hoje são só lembranças
Resquícios; reminiscências
Mas de tamanha importância
Para minha formação...
Pois foi com elas que convivi
Na fase de maior conflito
Entre aquilo que acreditava
E o que já fora escrito
Pois me diziam os mais velhos
Tudo isso é passageiro...
Mas eu vinha em primeiro,
E não dava ouvidos à razão...
- daqueles que já haviam passado
por semelhante aflição.
Ainda bem que em tudo aquilo
Houve muita coisa boa
E tudo que vivi não foi a toa
E por isso hoje posso
Transmitir o que aprendi
“Seja você mesmo sempre”
Mas nunca deixe de ouvir
A voz da experiência...
Edificada na vivência,
Daqueles que chegaram antes
Onde você só chegou agora
E saiba que nesta vida nada é de graça
E que tudo tem sua hora
A hora de chegar
E a hora de ir embora
É por isso que me despeço
Deixando do lado de fora
As coisas que foram ruíns
As pessoas que me magoaram
E só lembro com carinho
Daqueles que em meu caminho
Ajudaram a construir
O homem que sou agora.
Anélio “Rodrigo Di Freitas”
Somente quando paramos para pensar; para pesar os prós e os contras de nossa vida, é que percebemos que, tantos momentos outrora insuperáveis; tantas pessoas pretensamente indispensáveis e outras tantas insuportáveis, passaram - assim como passa cada segundo em nossa vida. É nesse momento que percebemos que cada um, à sua maneira contribuiu muito para nossa formação, para nossas lembranças e para edificar nossa personalidade. Então, demos graças a tudo: a alegria e a tristeza; ao infortúnio e as incertezas pois, mensurá-las é algo que saberemos, somente após, efetivamente, vivê-las.Diante de uma tela viva.
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