SOU EU UM SER VIAJANTE
QUE SEM RUMO ATRAVESSA O DESERTO
À PROCURA DE UMA FONTE
JÁ DESENGANADO POR ESTE SOL ESCALDANTE!
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TENTO ENXERGAR UMA SOMBRA, UM LUGARZINHO
AONDE POSSA MINIMIZAR
OS EFEITOS DANINHOS
DOS RAIOS ARDENTES QUE ME VÊM INCOMODAR
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EU ANDARILHO, QUASE LOUCO
NESTE DESERTO QUE É A VIDA
VOU MORRENDO POUCO A POUCO
PELA SEDE QUE SE MOSTRA INFINDA
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VISLUMBRO FRONDOSA PALMEIRA
NA LINHA DO HORIZONTE
COM UMA SOMBRA HOSPITALEIRA
AO LADO DE ÁGUA DE PURA FONTE
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O IMENSO DESERTO É A VIDA
O ANDARILHO SOU SEU
A PALMEIRA ÉS TU MINHA QUERIDA
A FONTE SÓ UM SORRISO TEU
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TU ÉS A FONTE SERENA
ONDE DESÁGUA MINHA VIDA
NA BUSCA DOS TEUS CARINHOS,
DO COLO TEU MINHA QUERIDA
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A TUA PRESENÇA MESMO INCONSTANTE
TRAZ-ME A LEMBRANÇA PELO VENTO
DE QUE A ÁGUA DAQUELA FONTE
É TEU SORRISO A TODO O MOMENTO
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ESTANDO PERTO DE TI
SINTO-ME VIVO, COM VIGOR
ESTANDO LONGE DE TI
VOU MORRENDO
SEM SOMBRA, SEM ÁGUA, SEM AMOR...
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