I
Não é mais obscuro o trajeto da perfeição,
Nas mãos uma navalha carniceira reluz
Dilacerando o feio para o belo
E no espelho ocular reflete
A face na autoestima do presente.
                    II
Não reconheço mais a minha fisionomia. Nem tu?
É que ela ficou no corte
Cego da ciência, ofuscada
E sem autoestima.
Hoje o espelho só mostra um fantasma
Transformado na loucura
Do arrependimento.
Mas, a lembrança
Consola-me matando
A saudade nos álbuns
Ainda com a face de criança,
E no mesmo instante ergo
Um retrato com os meus 18 anos
Vendo-me nos traços normais.
Desculpa por estar escondido
Nesta anormalidade que as mãos
Não preparadas me causaram no rosto...
 
Natanael Silva Poeta e Fotografo
 
Castanhal-Pará ,28 de fevereiro de 2009

Natanael silva
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