À espera vivo
Das decisões que não sei tomar.
Das palavras que não sei dizer.
Das juras que não inspiram realidade.
Dos sonhos que quero compartilhar.
À espera vivo
Dos beijos que quero dar.
Dos seus olhares a me flertar.
Dos nossos corpos a queimar.
Das coisas que nos aproximam mais.
À espera vivo
De uma luz mostrar o caminho.
De não ficar mais sozinho.
De um dia te acalmar em meu peito.
De não repetir um erro.
À espera vivo
Porque não posso privá-la de ser feliz.
Tão menos deixá-la presa.
Nas inconstâncias que a vida impõe.
E nas incertezas inevitáveis do amanhã.
À espera vivo
Do ano que se aproxima.
E que me traga sabedoria.
Para lidar da forma mais pura.
Com as suas razões ainda infortunas.
À espera vivo...
São Paulo, 28 de dezembro de 2008.
Carlos Eduardo Fajardo
© Todos os direitos reservados
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