Fuja de mim.

Para que a dor em meu peito,

se desfaça com o tempo.

Fuja de mim.

Para que as lembranças dos momentos bons,

e que nunca voltarão, abram caminho para novas emoções.

Fuja de mim.

Sabendo que um dia a amei.

E por tê-la amado, a angústia se fará presente quando tiveres ao meu lado.

Fuja de mim.

Nas dimensões do mundo.

Porque essa pujança, não pertence a nós.

Fuja de mim.

E mesmo sentindo saudade,

esqueça que um dia existi,

esqueça o olhar que um dia brilhou por ti.

Fuja de mim.

Das mágoas presentes, dos sonhos na mente,

dos beijos ardentes, dos planos inexistentes.

Fuja de mim.

E retorne à sua vida.

Ela será mais importante sem a minha presença.

Fuja de mim.

Ciente de que amar em vão, consome e marca eternamente um coração.

Fuja de mim.

E das crenças alheias.

Dê mais ouvido ao seu coração.

Só nós sabemos de nós.

Fuja de mim.

Quando olhar para o céu e as estrelas não brilharem,

Talvez seja o reflexo do amor destruído.

Fuja de mim.

Pois os versos que um dia fiz,

sucumbiram ao longo dos dias.

E, hoje, não fazem sentido.

Fuja de mim.

Da esperança fria, do que jamais seremos.

Dos diálogos entre nós dissimulados.

Fuja de mim.

Cairo, Atenas, Veneza, Paris.

Para todo o sempre...

...fuja de mim.

 

 

 

A liberdade é algo que se conquista intrínsecamente.

São Paulo, 13 de novembro de 2008.

Carlos Eduardo Fajardo
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