Das palavras mal colocadas, construo uma poesia.

Das luzes difusas da cidade, formo um arco-iris.

Dos passos largos, apressados, caminho ao seu encontro.

Dos gestos expressivos, aperto-te num abraço.


 Das vidas que não vivi, entrego a esta o corpo e a alma.

Das coisas que não te disse, reflito e digo.

Dos olhos cansados, um flerte renasce.

Dos desejos contidos, explode a paixão.


 Das cordas desafinadas, componho a mais bela canção.

Das provas que já tive na vida, alimento meu coração.

Dos risos timidos que exponho, extrovertido me torno.

Dos lugares que já passei, jamais um dia retorno.


 Das lágrimas que derramei, com alegria às sequei.

Das viagens que fiz, pra você eu voltei.

Dos ares que respiro, teu cheiro é meu cais.

Dos beijos que compartilhei, não esqueço jamais.


 Das vezes que sofri, teu colo um alento.

Das horas que passam, minhas idéias, seu tempo.

Dos perfumes que vagam, nem rosas te igualam.

Dos sonhos perdidos, pairando te acho.


 Das frestas que abrem o amor, transpasso-as com ardor.

Das águas que banham a terra, a tua presença faz calmaria.

Dos azuis que seus olhos refletem, os espelhos da minha vida.

Dos encantos que a vida traz, com você o momento é de paz.


 

 


 

 


 

 


 

 


 

 


 

 


 

 


 

 

Carlos Eduardo Fajardo
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