MEUS TEMPOS DE CRIANÇA

 
Quando eu era um garoto pequenino
Que passava sempre os dias a vadiar,
O meu corpo era fraco e tão franzino,
Que parecia, então, que ia fraquejar!
 
Mamãe vivia a correr pelos terreiros
Em minha busca para me alimentar,
Todavia, o meu apetite era vasqueiro,
Pois sofria das amígdalas sem parar.  
 
Pra melhorar eu bebia banha de tejo
E sempre comia abdome de tanajura,
Mas apetência me fugia para o brejo!
 
Por milagres, minha mãe fez até jura,
De portento, não via nenhum merejo,
Porém, com os sete anos veio a cura!
 
Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 03 de março de 2008