Dessa espera que me mata...
Onde só não morro porque espero por ti...
Querer-te-ia agora...que é melhor que pra sempre...
Querendo que o pra sempre fosse agora...
Pra poder começar tudo e ir até o fim...
E fazer o fim de novo, desde o começo
Num sempre novo começo
Nesse fim que começa e nunca termina,
Querer-te-ia tomar em meus braços
Sentir forte teus abraços...
Tuas mãos a acariciar meus cabelos
Enquanto cubro-lhe de beijos...
Beijos fartos, em todas as partes do teu corpo espalhados
Correndo com meus lábios
Onde quiser que eu vá e me deixe
Beijar te...
Deitando-te mansamente no branco tecido da paixão
Beijar-te-ia intensamente, pousando minhas mãos
Sobre teu corpo despido
Sentindo tua pele, no suave toque, das mãos, da boca...do corpo no corpo
Sentir tua pele quente colar em meu peito
E devagar deitar sobre ti...
Olhando teus olhos e me ver refletir
De teus lábios, explorar teu pescoço, perdendo-me em teu perfume
No cheiro que emana de teu cabelo, tua pele, teu costume
Ouvir tua respiração no pé d’ouvido e ir sentindo
Todo arfar do peito teu...beijar teu colo
Devagar, senão apavoro, de tudo quanto provo...
Viajar em teus seios, perdendo-me em devaneios
Surto, curto, com cuidado...cada beijo em ti dado
Em cada parte tua...parar e olhar-te, nua
Iluminada por um feixe de luz da lua
Que rompe bravamente e invade a explosão
Daquela cena delirante de paixão...
Desta vez então
Baixar-me-ia com cuidado
Até teu sagrado feminino
Com sorriso de menino
E de homem a malícia
Sorvendo a delícia
De molhar-me em teus úmidos lábios
A desvendar teus segredos tão bem guardados (de mim)
Sentir teu calor interior, na explosão da ansiedade por fim
Tua pele morena dessas pernas tão serenas
A envolver-me, prender-me em ti
Com meu toque queria entendê-las, vê-las com o tato
Como um pobre cego privado...de tamanha beleza
De como é bela a natureza ... que te fez realeza
Ah, vem a vontade...que de vez te invade
Preenchendo em ti (e em mim) todo vazio deixado
Desse amor guardado, que agora se afigura
No teu corpo sob o meu, nessa doce loucura
Quando minhas mãos se enroscam em teus cabelos
E nossos corpos suados dançam a mesma música...
Essa canção que só nós ouvimos
Atados como nós
Dois em um, um em dois
No antes, no durante e no depois
Dois corações...a bater em sincronia
Toda a beleza deste mundo
Que de tua beleza se fascina
Revelada agora em nosso amor profundo
Tão profundo quanto te tenho agora
Do anoitecer até a aurora
Onde descubro
Meu rosto agora rubro
Descansando em teu peito
Deste desejo (por hora) satisfeito
Da paixão realizada...
Meu sorriso te aguarda
Meu coração desespera
Pela pressa na espera
De poder fazer do peito teu
Meu ninho eterno de descanso
Após sorver todo teu encanto
Desmaiando-me sobre ti
Cansado, suado, feliz
Por ter aqui, tudo o que sempre quis
Por ter aqui, tudo o que eu queria ter
E num sorriso cansado,
Para ti olhando, tua face me velando
Dizer baixinho....quase orando...
Que me deste o maior amor humano
Que me fizeste o mais feliz ser...
E depois de te amar assim
Do inicio até o fim
Inicio de todo meu viver...
Repetir no leito
Com o alento que me toma o peito
Do recolher até ao despertar
Que é só a ti, que pra sempre vou amar.

Fabrízio Stella
© Todos os direitos reservados