Opostos que se tocam,
que coexistem, que
que se sobrepôem e
se continuam.

Opostos, brancos e pretos,
vivos e mortos, que se falam
que se amam,numa linguagem
clara, escura, fácil e díficil.

Opostos que dizem sim, que
dizem não, numa prontidão
retardada sob uma luz fria
de um espaço quente de uma
sala.

Opostos de uma alma só,
dois corpos, que fazem
parte de uma multidão.


Cristina Lopes

cristina lopes
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