Não me deixe

Jaz meu coração abatido,
Entregue a um destino mórbido
Sem forças para enfrentar 
Tão-sozinha esta lida.
Ó, meu amor!
Não me deixe...

Na existência somente do nosso passado
Hão de fugir das tuas lembranças todo reflexo
Do cansaço lastimoso do nosso amor.
Não me deixe...

Na sombra das desventuras sofridas
Aspiro a nova graça do nosso vínculo 
Dos carinhos ávidos a êxtase suave das emoções.

Salve-nos po milagre!
Não permita-me clamar-te em vão!

Ó esperança o que me resta?
Lamentos...
O temeroso fim...
Que descontentamento.

Só desabafos...

Em casa, na janela...

Lehena Danielly Borges da Silva
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