Nas folhas

 
Alento que angústia faz doer
As alegrias que feridas profundas fez nascer
Do olhar calmo, doce, sereno...
Às palavras mais amargas que cicatrizes não fez morrer.
 
O amor que tão sublime se viveu
Resultou de uma parte as afrontas, pena, aversão e desprezo...
Enquanto a outra marcou o abandono, as dores, as mágoas...
 
Nas folhas secas das páginas
As lágrimas deixaram a sua marca
Um pingo respingo, faz salgar as letras,
Que de pensar no amor que tão infinito parecia
Restou o dissabor pela vida.
 
Um cordão que se quebrou
Uma aliança que se perdeu no tempo
Um amor que não passou
Um coração que ainda geme das lembranças
Que assolam a mente.

Lehena Danielly Borges da Silva
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