Sempre me vi voltando pra casa
Mesmo morando em algum lugar
Ponho-me onde estou
Dentro dos teus braços
Cheio de espinhos
Espinhos nos quais não me deixam seguir
Porque também não me permito
Se cada vez que olho para cima me vêem suas pétalas
Seu perfume que seduz
E o pólem que me embriaga
Deixando-me vulnerável
A qualquer arranhão
Que pelo menos se mude para outro lugar
Onde eu possa ver o horizonte
E acenar para o sol
Dar bom dia à lua
E fazer pedidos as estrelas que caem
Que se faça de guarda chuva em dia de temporal
Balance-me no vendaval
Desamarre-me
Deixe me partir
Você já cresceu
E eu envelheci
Sou apenas um pedaço desse rolo de barbante
O amante dos amantes
Um poeta de mim mesmo
Que mesmo envelhecendo
Não irei partir
Porque vou morar ao lado da sua raiz
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele