Sempre quando vou dormir a mente apura   
E as lembranças invadem meu pensamento.  
Não sei viver na solidão, pois, que tortura
Meu coração que triste vive em desalento!
 
As minhas noites são vazias, sem sossego
E os meus sonhos são repletos de fadiga!
Cala em mim o bem que faz teu aconchego
E me faz falta o afagar de tua mão amiga.
 
Perdoa, sim, um pobre homem apaixonado
Que se embrenha num refúgio de amargura   
A sonhar com os teus beijos num passado
 
Em que eu fui o dono da tua imagem pura
E qu’era feliz por estar sempre ao teu lado   
Nos momentos de prazer e mil venturas!  
 
Autor: José Rosendo     

Nazarezinho, 12 de janeiro de 2007