Meu amor!...
Tão distante...
Nesta ausencia infinda...
que de sangue tinge n’alma os
sentidos ardentes, sentimentos
indestrutiveis que nos cala
fundo ao amago do existir.
Saudades intermináveis...
esperanças contidas no haver de
uma ilusão que nos surpreende
neste sofrego presente; amor
perfeito, mas que não nos dá o
direito...
Vida flibusteira, de prescritos
sinistros que há determinar o
destino; como se fora uma sina...
Que não nos ensina como o aplacar...
Da esperança à lembrança
Dos sonhos,devaneios!
da magia à fantasia,
Do desejo o querer-se, que hoje
nos devora, ao sentir que hora nos
consome!
E não nos dá o tempo de matar
esta fome!não nos deixa amenizar
esta sede,ainda que na espera do
amanhã chegante, por caminhos
errantes;quem sabe, na
Expectativa de um surgir!...
onde ao alvorecer de algum dia,
possamos nos reencontrar!ou por
longas madrugadas onde ainda
te espero!
Onde por todos os tempos, eu
sempre te amei!
Saudades intermináveis...
esperanças contidas no haver de
uma ilusão que nos surpreende
neste sofrego presente;Poa/2001
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