(Auto-definição?) Transmutada.

(Auto-definição?) Transmutada.
 
Um credo sorridente
Por medo,
Preso dentro de si, medo de perder os dentes,
O susto em que se viu por isso não mais sorriu
 
Sempre com palavras
Sozinho em perturbação diária
Desejos esquecidos
Medos revisitados
E um amor perturbado
 
Toda essa transmutação de sentimentos
Sorriso que se perdem em lagrimas
E gritos que desmaiam no silêncio
Tudo isso é o vazio de ser
O que não quis ser, ou o que se fez ser...
 
Não me acorde num mundo estranho
Vaze meus olhos
Com o desapontamento de o simples viver sem querer
Abandone-me estranho naquele canto desconhecido
Em que um dia gritaram
 
Sentindo um estranho prazer
No incompassível leito de vida
Aquele ser belo, mas que fere a alma e senti o sangue correr,
Quis levar-me ao delírio de voar
Decepção!
De não poder fazer tal façanha...
 
Indo para o fim deste momento substancial
Sempre em crises
Relatos do passado
Acusações do presente
Que geram absolutas confusões existenciais
 
Sinto a tristeza
Que hoje esta afastada
Por não agüentar mais este corpo fútil
De prazeres e amores platônicos
Deprimiu-se com este tal falso alegre
 
Se toda mutação acaba sendo evolução
Onde esta o real sentido dos sofrimentos
Que mudam
Que gritam
Que preenchem os dias semi surreais?
 
Correndo parado
Subindo para baixo do meu curso normal
Vida estagnada por motivos breves e desanexada do mundo real
Minto em dizer o que sentir no dia mais feliz
Correndo pra dentro do peito que não inspira soluções
Tudo sempre fica igual
E com o tempo, indiferente, mas anormal.
 
 
Carbon Kid
([email protected])
29/11/06
 
O dia em que acordei sem saber onde estava, o que fazia, por que vivia, claro, tudo isso é mentira... Mas já senti isso em partes, e não todos esses sentimentos juntos, talvez se tivessem sentido morreria de tanto desgosto por descobrir ou não, verdades duras e cruas.