Perceba

Pois bem, vamos logo, não quero que perceba
Feche teus olhos, tuas lembranças emudeça
Poupe-nos das previsões, acredite na incerteza

Obrigada por me fazer viver
Acompanhare-me no caminho insólito apresentado por você
Este não foi ofertado, qualquer súplica é absurda, deixa me ir deixando implícita a insensatez que arrisco percorrer

Te quero pelo que aprendi
Condensados os erros e acertos no que vivi
Desacreditei e paguei, hoje moldo minhas crenças em ti

Me atiro sem resguardas
Em nome da vida da qual até pouco timidamente participava
Se cogitar ser intenso, mantenha-se assim, jamais saberá que o tudo se deve a quem eu tanto amava

Sei que és quem fui
Amas
Nesta insegurança amarro minha motivação que somente perante a ignorância flui
Não sabes quem sou, contenho e retenho, em atos banais meu eu se dilui

Mas fique aqui, é você e não simples relapso infantil felicidade
Lhe ofereço as mais fáceis e dóceis facetas, de fato as tenho. Não me culpe por ocultar consciência ou inteligência, divirta-se com minha temporal frivolidade
Por fim, me abrace e me guarde, por ti tudo parou, acredito, tão logo, seremos quem somos. Se duvidava, hoje é o mais puro dos segredos, em parte lhe amo, és só tua essa verdade