ABRI AS ASAS,
LANCEI-ME AO VENTO…
NÃO VEJO SOLO,
LA NO ALTO ESTA O MEU PENSAMENTO.
VOU FUGINDO AO TEMPO,
A ESTE MUNDO APATICO,
INERTE.
ABANDONO-ME AO VENTO, SEM GUERRAS,
SEM CONFLITOS,
SEM NADA…
QUANDO A SOLIDÃO ABATE, FECHO OS OLHOS E REFUGIO-ME…
SINTO O VENTO A PERCORRER-ME,
SINTO UM APERTO NO CORAÇÃO,
SINTO VONTADE DE CHORAR,
E, AS LAGRIMAS ESCORREGAM POR TODO O MEU SER.
QUANDO O DESESPERO APERTA, FECHO OS OLHOS E VAGUEIO…
PENSO EM TUDO E EM NADA,
ACABO SEMPRE A VOAR,
A VOAR BEM PERTO DAS NUVENS,
BEM PERTO DO CEU.
QUANDO A TRISTEZA DESPERTA, FECHO OS OLHOS E RIU-ME…
RIU-ME DE COISAS QUE DISSE OU FIZ,
DO QUE ME DIZEM OU DISSERAM,
LEMBRO-ME DE PIADAS,
DE BOAS RECORDAÇÕES.
QUANDO ME VOLTO A SENTIR,
QUANDO VOLTO AO MEU CORPO,
VOLTA TUDO DE NOVO.
SINTO AS ENORMES AGONIAS,
AS INSEGURANÇAS,
AS TRISTEZAS,
AS MELANCOLIAS,
O ABANDONO.
TENTO ESQUECER TUDO E LANÇO-ME DE NOVO AO VENTO,
ABRO AS MINHAS ASAS,
SEMPRE A SONHAR, SABOREIO A LIBERDADE,
SABOREIO O PERFUME DAS FLORES,
LANÇO-ME…
SEM TER MEDO DE SALTAR,
SEM TER MEDO DE ENFRENTAR,
O QUE EU TANTO TENTO AFUGENTAR
DEI CONTA QUE TENHO MEDO DE AMAR!
Sentimentosem casa
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença