A mão que escreve os versos, falece;
o cérebro, que cria os versos, tenta em vão,
os seus versos feitos, vivos permanecem
os seus poemas, pulsam no seu coração.

Descansa o corpo que carregava o poeta
ecoa o silêncio, que calou a sua voz,
agora é a voz, dos discípulos, do profeta
e o espírito, que se encarnou em todos nós.

Um só poeta se encarnou em tantos outros
porque o poeta não se foi, se foi seu corpo,
e a sensibilidade que aflorava nesse dia.

Multiplicou os criadores de poemas
que com harmonia regeu o triste tema,
e em coral, cantando a linda melodia.

São Paulo, Novembro de 2005.