O teu corpo é uma fonte de prazeres
Em que vejo saciados meus desejos.
Tua boca quando falas, ouço arpejos
Que tornam deléveis meus poderes!

Os teus olhos são duas pérolas negras
Que inebriam o mais forte dos mortais!
A minh’alma que suspira em ledos ais,
Por teu olhar estonteante, vive sôfrega!

Tua voz lembra o chamado das sereias
Que encantou os intrépidos navegantes
E, os meus tímpanos confusos, permeia

Com a mítica melodia os seus amantes.
Tudo isso e muito mais meu ser anseia,
Mesmo que eu seja, assim, um divagante!

Autor: José Rosendo

Nazarezinho, 27 de julho de 2006