Epílogo do Idealismo

A paixão é a tempestade súbita
Que carrega consigo a vaidade.
A ansiedade pelo sucesso e afetividade
Traz um ímpeto que obscurece a razão
E nos faz servos da mentira:
A que contamos, a que ouvimos...

Tudo é perfeição no sombrio romantismo
O qual nos aventuramos certos de que é amor.
Mas a vida é injusta e pagamos o preço
Das promessas não cumpridas;
Da impaciência e egoísmos;
De quem nós somos e o outro não é...

E então a trajetória culmina num horrível epílogo.
Somente decepção e sofrimento;
Angústia, cismas...
Nós idealizamos pessoas,
Mas a realidade é agiota e cobra juros
Para tudo o que inventamos e esperamos...
Resta chorar as perdas
E enxergar que todos temos monstros dentro de nós...