Deite na maca em silêncio e prepare-se para o corte.
Consumimos a carne em apetite bestial
E a cada pedaço, como em uma matemática imoral,
Queremos mais. Celebramos a morte!
Não importa se o animal é de pequeno ou grande porte.
O que se quer nessa fome brutal
É entupir o estômago com a carniça a sal
Para que o ser humano se sinta o mais forte!
E nessa devoradora infâmia de parasita,
Acabamos promovendo suntuosa festa;
Apresentando raras partes: uma assada, outra frita...
Somos o que comemos: tripas e sangue.
Sorriso amarelo, doença intima... Suor na testa...
A matança que promovemos nos afoga em estranho mangue...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença