Ainda não sei se existe alegria
Em continuar a inventar poesias
Se não existe mais o coração
A sentir uma verdadeira paixão

Os caminhos dos versos a seguir
Resultados da mágoa e ódio em mim
Por talvez não saber como amar
E a certeza nesses versos, mentir...

Não sou digno de dizer como é o amor
E talvez convence-la a amar
Pois somente quando senti o rancor
Em desilusões, que vivo a sonhar...

Quero o ódio cultivar em mim
Pra jamais voltar a amar
A incerteza e indiferença são assim
Pareço sorrindo, mas sempre estive a chorar...

Não é culpa tua, sabes muito bem...
Essa mágoa que tenho sobre o amor
Já que pra ti cultivei alegria
E em mim, tristeza e dor...

Mas se o caminho de meus curtos versos
Não fizerem você entender
O meu ódio (e medo) de amar
Tudo bem é assim que deve ser

E se um dia você me encontrar
E se um dia você me ver sorrir
É mentira, pois ser poeta é assim...
Nas palavras a verdade, nos atos a mentir...

Simplesmente é assim
Vivo enfim...