Ninguém tem complacência à minha dor, Vivo só neste mundo de tormentos; Não recebo uma palavra de carinho, Minha vida é um eterno sofrimento! Já não tenho mais lágrimas pra chorar, Todo o pranto que eu tinha derramei; Minha sina é viver no abandono, Pois perdi tudo, tudo que amei! Perdi minha mulher que a adorava, O emprego, a saúde e os amigos. O sereno da noite é o meu parceiro E a sarjeta, então, é o meu abrigo. Só me resta recordar o meu passado Que foi bom, isso eu guardo na lembrança, Mas viver do passado é impossível, Não consigo encontrar uma esperança! Sendo assim, só existe uma saída Para dar lenitivo aos prantos meus: Conformar-me com as minhas desventuras E entregar a minha vida para Deus! Autor: José Rosendo
Nazarezinho, 17 de maio de 2006
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